sexta-feira, 19 de maio de 2017

gigante de fogo


livre dos cordões, das serpentes,
do que já foi,
do que evapora-se,
do que explode bem longe

o espelho, ao espelho, no espelho,
para o espelho;
eu espelho do meu espelho
do teu espelho

despeço-me do passado ( agradecido )
por mais difícil que ele tenha sido
meu outro homem, meu outro

raízes extensas desse outro
se multiplicam

o cais é o lugar mais propício
para movermos um barco ( ? ),
um penacho de navegantes,
um gigante de fogo

é de aço a arte do meu eu,
de espumas,
de células magnéticas repulsivas

( edu planchêz )

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cresce  a língua, o rabo, o olho, a mão que estava adormecida, o remo e a lança